Santo Antônio Basílica Menor.
A casa da igreja ou casa de Deus e da comunidade cristã sempre foi um dos principais sinais da própria santa Igreja, a esposa de Cristo, que está presente e em caminho no mundo. Sua beleza e seu esplendor, bem como sua funcionalidade para o desenrolar das celebrações litúrgicas, foram regulamentados, em tempos diversos, com normas oportunas. Entre as igrejas de uma diocese, o primeiro lugar e a maior dignidade pertencem à igreja catedral, na qual está a cátedra, sinal do magistério e do poder do bispo, pastor da diocese, e sinal de comunhão com a cátedra romana de Pedro. Depois seguem as igrejas paroquiais, que são a sede das várias comunidades da diocese. Além disso, há os santuários, aos quais se dirigem em peregrinação os fiéis da diocese, ou de outras igrejas locais. Entre essas igrejas e outras de diversas denominações existem algumas que possuem especial importância por causa da vida litúrgica e pastoral, que podem ser contempladas pelo Sumo Pontífice com o título de Basílica menor, mediante o qual vem manifestado um vínculo particular com a Igreja de Roma e com o Sumo Pontífice.
Exigências para ser uma Basílica menor
A Basílica Menor deve ser um centro de atividade litúrgica e pastoral, sobretudo com celebrações da ss. Eucaristia, da penitência e dos outros sacramentos que sejam exemplo para os outros quanto à preparação e execução, na fiel observância das normas litúrgicas e com a participação ativa do povo de Deus.
A fim de que haja realmente a possibilidade de realizar celebrações dignas e exemplares, a igreja deve ter conveniente tamanho e possuir suficiente área do presbitério. Os vários elementos necessários para as celebrações litúrgicas (altar, ambão, sede do celebrante) estejam colocados conforme as exigências da liturgia restaurada .
A igreja deve gozar de certa celebridade em toda a diocese, por exemplo, porque foi construída e consagrada a Deus por ocasião de um especial evento histórico-religioso, no nosso caso o fato de ser declarado Santo Antônio co-padroeiro da cidade. Também deve ser levado em conta o valor da igreja, ou seja, a importância histórica e a beleza artística.
A fim de que ao longo do ano litúrgico na igreja se possam realizar louvavelmente as celebrações dos diversos tempos, é necessário que a celebração da eucaristia possa ser celebrada em maneira permanente e a da penitência em horário estabelecido com confessores a disposição dos fiéis. Além disso, se requer um suficiente número de ministrantes e um adequado coral, para favorecer a participação dos fiéis também com a música e os cantos sacros.
Compromissos e deveres próprios da Basílica no âmbito litúrgico-pastoral
Na Basílica menor se promova a formação litúrgica dos fiéis, com grupos de engajamento litúrgico e cursos especiais de instrução, com série de encontros e outras iniciativas do gênero.
Entre as iniciativas da Basílica seja dada muita importância ao estudo e à divulgação dos documentos do Sumo Pontífice e da Santa Sé, especialmente àqueles referentes à sagrada Liturgia.
Seja reservado grande zelo ao preparo e ao desenvolvimento das celebrações do ano litúrgico, em particular do Tempo de Advento, de Natal, de Quaresma e de Páscoa. Na Quaresma, se mantenha a tradicional Via sacra. Anuncie-se com esmero a Palavra de Deus na homilia, e em pregações extraordinárias. Promova-se a participação ativa dos fiéis, seja na celebração eucarística, seja na celebração da liturgia das horas, sobretudo com a recitação das laudes e das vésperas. Além disso se cultivem as formas de piedade genuínas.
Porque a ação litúrgica reveste uma forma mais nobre quando é celebrada em canto, procure-se que os grupos de fiéis participem ao canto das diversas partes da missa, em particular aquelas que se encontram no “Ordinário” (cf. SC 54; Instr. Musicam sacram,5.3.1967).
Para tornar manifesto o particular vínculo de comunhão que une a basílica menor e a cátedra romana de Pedro, a cada ano celebre-se com particular carinho:
a) A festa da cátedra de S. Pedro (22 de fevereiro);
b) A solenidade dos ss. Apóstolos Pedro e Paulo (29 de junho);
c) O aniversário da eleição ou do início do supremo ministério pastoral do Sumo Pontífice.
Concessões anexas ao título de basílica menor
Os fiéis que visitam devotamente a Basílica e que nela participam de algum rito sacro ou pelo menos rezem o Pai nosso e o Creio, nas costumeiras condições (confissão, comunhão eucarística e oração segundo a intenção do sumo pontífice) podem lucrar a indulgência plenária:
1) no dia do aniversário da dedicação da basílica;
2) no dia da celebração litúrgica do titular;
3) na solenidade dos santos apóstolos Pedro e Paulo;
4) no dia do aniversário da concessão do título de basílica;
5) uma vez por ano, em dia a ser determinado pelo ordinário do lugar;
6) uma vez por ano, em dia livremente escolhido por cada fiel;
Nos estandartes, nas alfaias, no carimbo da basílica pode ser usado o símbolo pontifício, isto é, as “chaves cruzadas”.
O “reitor” da basílica, isto é, quem preside a basílica, no exercício do seu ofício pode usar – sobre a veste talar, ou hábito da família religiosa e a sobrepeliz – a murça de cor preta, com orlas, casas e botões de cor vermelha.
Símbolos da Basílica
Além da tiara papal com as chaves cruzadas , são símbolos referenciais das basílicas o tintinábulo e o ombrellino. Esses símbolos antigos representam a ligação da igreja que foi elevada à condição de Basílica ao Santo Padre, o Papa, e ao seu ministério pastoral.
O tintinábulo é um cetro processional com uma campainha, por vezes adornado com o brasão do templo ou do Papa e é utilizado nas procissões e missas pontificais.
1) Tintinábulo 2)Ombrellino 3) Mozeta
O ombrellino (baldaquino papal na forma de guarda-sol com emendas vermelha e amarela) é insígnia de prerrogativa papal, assim como o da tiara. Sua existência remonta a antigo uso prático para as procissões litúrgicas, com o intuito de proteger os prelados do sol e chuva e que, aos poucos, foi relacionado ao Papa por ser especialmente utilizado nas procissões de sua comitiva, realizadas entre as basílicas romanas.
O Reitor da Basílica pode usar a mozeta ou murça de cor preta que é uma capa curta que cobre os ombros, parte das costas e dos braços. A mozeta é fechada na parte da frente. Ela é usada sobre a sobrepeliz como parte da roupa coral.
Todos esses símbolos recordam a necessidade da unidade e da comunhão de nossas comunidades com toda a Igreja, onde o Sucessor de São Pedro anima e preside na caridade, como Bispo de Roma, a missão de evangelizar.